domingo, 7 de outubro de 2012

07/10/2012 - Pedido


Pedido.
Senhores Pais e Responsáveis,
É chegada a hora de darmos as mãos e assumirmos nossa responsabilidade diante da oportunidade de termos estas crianças em nossas mãos.
Cada um em seu papel é convocado para amar, cuidar, respeitar, educar e instruir. Deus em sua sabedoria nos capacita para sermos bons exemplos aos pequenos. Mas nós, muitas vezes nos desviamos do caminho reto que Ele traçou e cometemos erros.
A capacidade de erra é puramente humana, a capacidade de reconhecer o erro e superá-lo é a prova do divino que há em nós.
Com muita humildade, nós Educadores lhes estendemos as mãos num gesto simbólico de apoio para o cumprimento da jornada de educar estas jovens mentes. Mas alertamos que nossa ação tem um limite: o lar.
Cada família é um grupo abençoado de pessoas que precisam aprender a amar e a respeitar-se mutuamente. Cada família constrói um lar. Este lar, edificado no amor de Deus gera frutos para um futuro melhor para o mundo que conhecemos.
 Se cada família se apoiar nos ensinamentos ditosos de nosso amado Mestre Jesus, saberão cortar as ervas daninhas de seus lares. As ervas da angústia, da preguiça, da ignorância, do desamor, da desesperança, do comodismo, da rejeição, da dor, da inquietação e da descrença.
Estas ervas darão lugar ao frutífero amor, a paz, a liberdade, o conhecimento, o respeito, a indulgência, a compreensão, a compaixão, o interesse, a dedicação, o equilíbrio, a responsabilidade,  a honestidade, a fé, o crescimento e a sabedoria.
Educar é difícil sim, pois ao educar o outro nos educamos também. E nem sempre estamos dispostos a mudar em nós o que criticamos nos outros. Porém, a tarefa é sua. Foi sob sua guarda que esta criança foi confiada. O futuro dela e suas consequências estão sob sua responsabilidade e ela não poderá ser repassada a mais ninguém. Pois Deus cobrará de vós o cumprimento do compromisso que assumistes quando pediu um filho.
Não há receita para ser pai e mãe. Mas rapidamente conseguimos listar uma série de situações que não nos ajudam em nada, e que podemos classificar como erros fatais. Um deles é o desperdício do tempo útil da convivência familiar em favor das novelas, bares, prazeres individuais. Outro é ignorar que a criança repete na escola tudo o que os seus adultos fazem de bom e de ruim. Nossas crianças são o espelho de seus lares. Eduquem-nas a ponto de que as mesmas só reflitam o amor e a luz e nunca o clima de competição ou descontentamento entre os membros da família.
Nós Educadores, não temos a resposta para mudar a conduta das famílias, mas temos uma singela sugestão: ame seu filho. Ame verdadeiramente este ser que é parte de você também e saiba fazer o seu tempo de vida se transformar em uma existência útil e verdadeira.
Nós Educadores, enfrentamos diariamente o desafio de ir muito mais além do que ministrar os conteúdos e fazer desenvolverem-se as capacidades acadêmicas (que é o nosso trabalho). Vemo-nos surpreendidos com a necessidade de ensinar as crianças a respeitar ao próximo e amá-los como a si mesmas. Tendo que esclarecer-lhes outras verdades da vida que deveriam ter aprendido com seus pais: não se apropriar do que não lhe pertence, respeitar os mais velhos, dedicar-se em tudo o que lhe for pedido, não invadir a privacidade alheia ofendendo aos colegas com palavras duras e de baixo calão.
Muito mais do que as letras, precisamos ensinar a tolerância, a paciência, o afeto, o respeito, a dedicação, e até mesmo a esperança de uma vida melhor.
Pais assumam verdadeiramente as rédeas da vida de seus filhos e usem da sabedoria para educa-los para a vida, sob pena de colherem lágrimas e dissabores no futuro.
E lembre-se, esta criança é nossa por um ano, mas é seu compromisso por toda a vida. O que fizeres hoje por ela ecoará como um gesto de amor por toda uma eternidade.
Com votos de sucesso,
Professora Andréia Dias.
07/10/2012