História: O
Brasil dos Africanos
A capoeira foi um
jeito que os escravos encontraram para se preparar para as lutas de verdade.
Eles simulavam uma luta e a treinavam em forma de dança. Esta foi uma forma de
manter sua dignidade.
Os africanos
trazidos como escravos para a América deixaram para trás sua terra de origem,
parentes e amigos. Eles perderam seus nomes, posições sociais, prestígio. Mas o
povo africano não perdeu sua memória, costumes e cultura.
A história do
povo africano estava viva em suas mentes. A lembrança dessa história os
ajudou a manter a dignidade e a ser mais
do que um simples instrumento de trabalho, como queriam os senhores de
escravos.
Os mitos
africanos estavam ligados a religiosidade. Aqui na América, apesar dos
africanos serem batizados e obrigados a seguir a religião católica, eles
permaneceram, discretamente, cultuando os seus deuses e recontando suas
histórias dentro das senzalas. Assim, de geração em geração eles transmitiam a
visão de mundo e as normas de comportamento do seu povo.
Os africanos
escravizados que chegavam à América não traziam uma única religião. Aqui,
algumas crenças africanas acabaram sendo incorporadas por africanos de
diferentes origens, gerando união de identidade entre diferentes grupos. É o
caso da religião do povo Iorubá, a partir da qual se formou o Candomblé.
O povo Iorubá
cultuavam seus deuses oferecendo muitos presentes com muita música e dança.
Seus deuses são os Orixás. Como não podiam reverenciá-los tal qual faziam na
África, os africanos escravizados começaram a associar seus Orixás aos Santos
Católicos, dando-lhes outros nomes. Assim, os senhores de escravos achavam que
os africanos escravizados estavam praticando o culto católico.
Além da religião,
outros aspectos uniram os africanos escravizados e seus descendentes. A
capoeira foi uma delas. Por ter nascido aqui, é considerada uma manifestação
cultural tipicamente brasileira.
A escravidão
manteve-se por tanto tempo por causa da força e da violência que fez com que os
africanos escravizados e seus
descendentes se sentissem inferiores. Essa sensação também foi experimentada pelos
índios. Infelizmente, os europeus acreditavam que eram superiores em função a
cor de sua pele e aos traços físicos. Mas sabemos que as diferenças físicas se
devem às condições ambientais e a adaptações que a natureza fez nos corpos de
todos os seres vivos para melhor sobrevivência e não para determinar quem é
superior e inferior.
De tanto se
repetir a ideia que “negro é inferior” no período da escravidão, as pessoas
começaram a acreditar que isso era verdade e após o fim da escravidão, a pessoa
negra era tratada como se ainda fossem escravos. Mais de 300 anos se passaram e
ainda se percebe o preconceito. Foi um reinício de vida difícil, homens e
mulheres descendentes dos africanos escravizados sofreram as consequências da
intolerância de outras pessoas que se julgavam superiores. Por muito tempo,
para tentar fugir ao preconceito, algumas pessoas com ascendência negra
buscaram ocultar seus traços de origem, alisando o cabelo e mudando sua cor,
por exemplo.
Hoje, em dia,
muitas pessoas pensam diferente, e se orgulham das suas características
africanas e indígenas.
Geografia
CARACTERÍSTICAS
DO POVO BRASILEIRO
O povo brasileiro
é marcado por várias heranças genéticas. Herança africana, indígena, europeia.
Com o passar dos
anos a população brasileira aumentou muito. As famílias tinham 10, 15 filhos. Na
medida em que as condições de vida foram ficando mais difíceis, o número de
filhos diminuiu.
Para ajudar a frear
o crescimento populacional, existem vários programas de planejamento familiar,
onde medicamentos são distribuídos para evitar a gravidez.
A expectativa de
vida da população está aumentando, ou seja, as pessoas estão morrendo mais
velhas e aproveitando melhor a juventude. Por outro lado, as pessoas precisam
de apoio das famílias para ter moradia e mais dignidade.