Trabalhar com projetos pedagógicos é um grande desafio. Este desafio se agiganta quando tratamos de incluir as TIC’s como ferramenta estruturante. Quando nos foi proposto construir uma proposta de atividade usando a tecnologia, pensei no laboratório da escola e nas nossas necessidades mais urgentes: alfabetização. Usar o computador como ferramenta é agregar qualidade ao trabalho pedagógico, pois possibilita a exploração de várias habilidades dos nossos alunos. Não estamos lidando com uma tecnologia nova, mas com outro olhar sobre os usos e funções da tecnologia em sala de aula.
Se considerarmos que nossos alunos já nasceram num ambiente tecnológico mais acessível do que a nossa geração, podemos concluir que os instrumentos educativos dos quais dispõem a escola estão a anos luz de atraso comparado as necessidades educacionais atuais.
Como não há maneira de voltar no tempo e aprender desde a nossa infância como lidar com a tecnologia, o jeito é fazer as pazes com ela e partir para os cursos de formação continuada.
No módulo de construção de projetos, encontrei muitos desafios difíceis de administrar. Não esbarro só nas minhas limitações para usar tecnologia como instrumento pedagógico, tenho ainda o dever de lidar com a resistência dos colegas e gestores além da imprevisibilidade da rotina da escola. Tudo isso é um fator de desmotivação presente e que se reforça a cada tentativa frustrada de se usar o laboratório de informática com as crianças.
Foi necessária uma apropriação mais adequada das ferramentas do computador da escola. Aprender a lidar com o Linux Educacional foi inusitado. Nunca me imaginei usando qualquer coisa diferente do Windows e seus aplicativos. Admito que o que sei ainda é muuuito pouco, mas a proposta de formação do curso já fez seu papel. Agora é comigo.
Seguindo o passo-a-passo para a elaboração do projeto PITEC, somando as experiências trocadas nos fóruns e encontro presencial, ficou mais fácil visualizar a estrutura do trabalho que poderia ser construído.
Minha proposta de trabalho ainda está muito longe de atender a todas as necessidades dos alunos de minha escola. Mas acredito que a prática conduzirá todos nós a uma apropriação mais precisa deste recurso tão inusitado: o computador.
Pensar em usar o computador para ensinar as crianças a ler e escrever denotava uma “facilidade” desleal com a rotina de sala de aula. Digo isto por que ainda tínhamos o entendimento de que só se aprendia a escrever usando as mãos e o papel. Hoje compreendemos que a escrita digital é mais um recurso e que não substitui o anterior, não atrapalhando assim, a aprendizagem do aluno. É uma soma de habilidades e não uma sobreposição.
Isto se aplica ao uso de calculadores e softwares educativos. Tudo para que a aprendizagem ocorra com a maior diversidade possível de experiências.
Outro aprendizado que deve ser citado está o de construir propostas de trabalho em grupo. Um projeto tem maior chance de sucesso quando é concebido por um coletivo, pois denotará suas reais necessidades e também trará a responsabilidade de todos os integrantes para que a execução do que foi proposto ocorra mediante a participação de todos.
Hoje consigo vislumbrar com mais clareza as possibilidades de uso do laboratório de informática, destacando que isso precisa ocorrer com o respaldo de projetos coletivos.